Os Caçadores de Tempestades Extreme Borborema chega a seus 7 anos de formação, tendo início em fevereiro de 2014 quando um grupo de pessoas que tinham algo em comum se conheceram virtualmente, a paixão pelas tempestades e fenômenos naturais típicos da região Nordeste.
Até pouco tempo, poucas eram as pessoas que se atentavam ao que acontecia no céu atmosférico, essa paixão por tempo tempestuoso começou para muitos entre 2008 e 2009, anos que foram bastante chuvosos na região nordeste do Brasil. Everton Araújo (Campina Grande - PB), Diego Rhamon (João Pessoa-PB) e Samuel Pojidaeff (Paulista-PE) já faziam seus registros isoladamente em vídeos do tipo timelapse, mas com a visibilidade das mídias sociais os 3 se conheceram entre 2012 e 2013 e dai por diante foi se descobrindo mais alguns caçadores, Rogério Sousa (São José da Lagoa Tapada) e Márcio Silva (Taquaritinga do Norte-PE).
A visão que boa parte da mídia brasileira mostra sobre o nordeste apenas de seca provocou uma cerca indignação nos membros do grupo, até que em 02/02/2014 foi decidido criar o Extreme Borborema que foi o primeiro grupo nordestino naquele tempo a valorizar a meteorologia regional mediante vídeos e imagens de nossas tempestades e outros fenômenos.
No começo cada um registrava com as condições que podia, o importante era não deixar passar no esquecimento uma grande tempestade, pois todos temos em mente que um bom registro além de produzir imagens fantásticas serve para estudos científicos regionais futuros, tanto dos próprios membros que seguiram a graduação na meteorologia quanto a população em geral. Alguns trabalhos científicos já foram produzidos pelos membros, disponibilizados nestes links:
Variabilidade no regime pluvial em duas mesorregiões da Paraíba e sua relação com o fenômeno EL Niño Oscilação Sul
VARIABILIDADE NO REGIME PLUVIAL NA ZONA DA MATA E AGRESTE PARAIBANO NA ESTIAGEM DE 2012-2016
https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/33943#
Variabilidade Espácio-Temporal da chuva na cidade de Campina Grande-PB (TCC - 2018)
Panorama de problemas relacionados a chuvas em Campina Grande como um novo indicador de desenvolvimento sustentável
https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RBFH/article/view/9788/11570
Em 2016 o número de membros já estava dobrado, assim nossa área de ampliação em monitoramento foi se expandindo com caçadores no litoral, agreste, brejo e sertão. Devido à região nordeste do Brasil possuir 3 estações chuvosas em estados diferentes, priorizamos trabalhar com os estados que tem mais influência dos mesmos sistemas meteorológicos e durante esses 8 anos o grupo já conseguiu registrar imagens espetaculares que geraram repercussão, possuindo hoje um acervo de quase 2 mil vídeos apenas de 2017 até 2020 e incontáveis fotos de quase todos os dias do ano.
Um dos momentos marcantes do grupo aconteceu em 2017, quando o caçador Diego Rhamon conseguiu capta um raio do tipo raro que também e chamado de Jato Gigante, esse registro foi notícia nas grandes mídias do país. Nesses anos também são incontáveis os registro de nuvens funis, nuvens prateleiras e chuvas com granizo, em 2019 registramos em Viçosa-RN pelo Caçador Ítalo Rodrigues a primeira rotação de uma supercelula em vídeo e recentemente em abril de 2020 uma pessoa ainda não identificada registrou o que pode ser considerado o primeiro tornado registrado em vídeo na região nordeste, em capoeiras-PE, no qual colhemos alguns registros da população e arquivamos.
Tornado em Capoeiras-PE 2020
Os equipamentos para caçar vão desde um simples celular até drones, a regra é: cada um caça como pode, desde a sua janela até sair por aí com seu carro, na cidade ou nas serras. Extreme se refere aos extremos que acontecem em nossa região, onde em uma noite às vezes chove quase 200 mm em uma cidade enquanto a outra fica só na vontade, e Borborema aos efeitos que o relevo exerce nas chuvas, nos ventos e nos demais eventos meteorológicos.
Veja mais algumas imagens que marcaram esses últimos anos de registros.
Momentos em 2016
Momentos em 2017
Momentos em 2018
Momentos em 2020
